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17 de Fevereiro de 2024

Fenasoja volta à origem dos primeiros grãos de soja que vieram dos EUA e foram plantados no Brasil

Feito do pastor Albert Lehenbauer será celebrado com familiares do pastor, em encontro na fazenda situada no estado de Missouri.

A Fenasoja 2024 celebra os 100 anos do plantio da leguminosa que foi introduzida no Brasil pelo pastor norte-americano Albert Lehenbauer, que chegou dos Estados Unidos com algumas sementes de soja e distribuiu para famílias locais. Uma história registrada em 1924, em Santa Rosa, hoje Berço Nacional da Soja. Considerada uma das maiores commodities mundiais, a soja destaca o Brasil como maior produtor do grão no planeta. Uma história que será revivida e celebrada, em comemoração ao desenvolvimento econômico e social que a soja proporcionou a Brasil.

 Na próxima semana, uma comitiva da Fenasoja, integrada pelo presidente Dário Jr da Mota Germano, do vice Marcos Servat e pelo presidente do Conselho Consultivo Permanente Fenasoja, Elias Dallalba, a convite da AGCO estarão nos Estados Unidos, visitando a fazenda que deu origem ao grão trazido ao Brasil. Os santa-rosenses estarão acompanhados de Everton Santos, diretor da AGCO.

A comitiva embarca no próximo domingo (18/02), no aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre e deve chegar na segunda-feira (19/02) em Wichita-KS. No outro dia, (20/02), estarão visitando a planta da AGCO em Hesston. Na quarta-feira (21) pela manhã, visitarão o Center For You Innovation, que fica localizado em Jefferson City, Missouri. A tarde será para celebrar os 100 anos e o reconhecimento pela ação do pastor norte-americano Albert Lehenbauer: Os encontros começam com Walter Lehenbauer, neto do Pastor Albert. Ele reside no Norte dos USA, e viajará 1000km para a agenda. Após isso, integrantes da Fenasoja, da Agco, acompanhados de Walter Lehenbauer visitarão a Fazenda de onde foram colhidos os grãos, trazidos pelo pastor ao Brasil. A fazenda fica localizada, em Hannibal. O grupo será recebido por Mark Lehenbauer e Richard Plantz, ambos ainda plantam na fazenda que pertenceu ao pai do pastor americano. Hannibal fica localizada no estado americano de Missouri, com cerca de 17,6 mil habitantes.

O presidente da Fenasoja, Dário Germano ressalta que a viagem tem três pontos importantes. O primeiro dia, destino para a visita da planta da AGCO em Hesston. ?É a AGCO que está proporcionando essa viagem, voltando a origem do nosso grão de ouro. Em Hesston a marca tem uma planta semelhante a de Santa Rosa, e isso é um elo com a nossa produção industrial. Depois disso visitaremos um centro de inovação mundial. E na quarta-feira será o grande dia, quando encontraremos o neto do pastor e visitaremos a fazenda de onde veio os primeiros grãos que foram plantados em Santa Rosa. Estamos com uma expectativa muito grande. Iremos dividir esta história com os familiares do pastor e reiterar o importância que a atitude teve para o desenvolvimento do agronegócio no Brasil. É história celebrada e que terá continuidade, pois a expectativa é que os familiares voltem ao Brasil em maio, durante a Fenasoja 2024?, enfatizou Dário.

A agenda nos Estados Unidos seguirá na quinta-feira em Chicago. A comitiva retorna a Santa Rosa no sábado, dia 24 de fevereiro.

A vinda dos grãos, trazidos pelo pastor Lehenbauer:

West Ely, Missouri - Após uma temporada na fazenda de seu falecido pai, Johann Matthaeus A. Lehenbauer, localizada no Condado de Marion, em novembro de 1923, o Pastor Albert e sua família se preparam para retornar para casa, no Brasil, para a Colônia Santa Rosa. Entre seus pertences, uma garrafa cheia de soja, devidamente selada para evitar umidade e ar salgado, entregue a eles por sua irmã Khaterine Lehenbauer Pflantz.

(Imagens ilustrativas junto ao material gráfico).

Embarque no transatlântico S.S. Vestris da Lamport & Holt Line, que navegava da América do Norte para a América do Sul via Trinidad, Barbados, Rio de Janeiro, Santos, Montevideo e Buenos Aires. Na cabine do casal, no fundo de uma mala, havia uma garrafa contendo os grãos colhidos pela família Lehenbauer em sua propriedade, sementes selecionadas entregues ao Pastor para plantar nas terras da Colônia Santa Rosa, na região conhecida como Linha 15 de Novembro.

"Uma carta enviada por Helene Lehenbauer (esposa do pastor) em 10 de abril de 1976, para parentes residentes em Santa Rosa, informa que (...) ao chegar aqui em 12 de novembro de 1923, o pastor imediatamente começou a plantar, o que subsequentemente rendeu mais grãos. Estes foram então distribuídos, fomentando gradualmente o cultivo da soja. A partir de 1924, ele os distribuiu para seus paroquianos. Ele afirmou categoricamente, e assim disseminou, que a soja seria o futuro da agricultura no Brasil. (Livro: 80 Anos de Soja, páginas 40 e 41) "(...) O que ele queria era ajudar os colonos de suas congregações a progredir economicamente e intelectualmente. Ele sabia que deveria haver meios para facilitar a vida dessas pessoas cujos ancestrais haviam sofrido tanto em terras distantes. Ele acreditava que, se os colonos tivessem as ferramentas certas, por assim dizer, trabalhariam entusiasticamente para alcançar uma vida melhor para si e seus filhos." (Texto escrito pelo neto Walter Lehenbauer) No livro "De Santo a Pecador... A Saga da Soja pelos Campos do Rio Grande", lemos o seguinte trecho: "(...) O fato de o Pastor Lehenbauer distribuir sementes de uma variedade mais adaptada à produção de grãos, bem como negociar com os primeiros agricultores que metade da colheita deveria ser entregue a ele para que pudesse continuar distribuindo a nova variedade na região, verdadeiramente o tornou o principal responsável pela disseminação da soja na área." (Luiz Pedro Bonetti, 1987, p. 28)

 

A história da soja no Brasil:

A produção da soja brasileira, em escala comercial, iniciou no Rio Grande do Sul. A produção comercial da soja começou na região das Missões, tendo como centro o município de Santa Rosa, considerando o berço nacional da soja.

No início, o cultivo objetivava a produção de forragem e de grãos para o arraçoamento de suínos. Dada a estrutura existente para o cultivo do trigo, principalmente nas regiões de Missões, Planalto Médio e Alto Uruguai, a soja foi se desenvolvendo rapidamente, especialmente a partir dos anos 60. Até o início da década de 70, caracterizava-se como uma cultura secundária, em relação ao trigo. Era cultivada na resteva deste, normalmente semeada a partir de fins de novembro e durante o mês de dezembro, fora da época ideal, e não lhe eram dispensados muitos cuidados culturais. A partir dos anos 70, face ao alto retorno que passou a proporcionar e aos problemas de produção com a cultura do trigo, a soja começou a merecer maior atenção dos agricultores. O crescente interesse dos produtores forçou a pesquisa de soja no sentido de gerar tecnologias e cultivares mais adequadas ao sistema trigo-soja, bem como a de trigo a desenvolver cultivares mais precoces, visando a melhor adequação das duas culturas. Motivou também a indústria no sentido de que fossem melhoradas as máquinas agrícolas, especialmente as serneadeiras-adubadeiras e colheitadeiras. Em pouco tempo, a soja se tornou o principal produto explorado pela agricultura gaúcha. Chegou a cobrir mais de quatro milhões de hectares na safra de 1978/79. A partir de então, decresceu, pelas razões já citadas, para crescer novamente em 1984. As condições climáticas, especialmente as estiagens, que normalmente ocorrem em janeiro e fevereiro, foram as responsáveis pelas oscilações da produção, como as verificadas em 1978, 1979 e 1982. Em 1985, o Rio Grande do Sul foi responsável por 31,25% da produção da soja brasileira. A produtividade média do estado, embora ao longo dos anos tenha melhorado, está, desde 1975, estabilizada em torno de 1.500 kg/ha. É uma produtividade baixa se comparada com o potencial produtivo, não só do estado, mas também com a média nacional. A melhor produtividade foi de 1.752 kg/ha, obtida em 1952, quando foram cultivados 62.113 hectares.

A partir de meados dos anos 70, a área de soja começou a crescer rapidamente, em grande parte devido aos investimentos feitos na agricultura sul-matogrossense por grandes grupos empresariais. Esta rápida evolução conferiu ao estado a condição de terceiro maior produtor nacional, com uma participação de 14%, em 1985. O desenvolvimento recente de técnicas de produção, próprias para as condições do estado, tem determinado sensível melhoria da produtividade, estando hoje entre as mais altas do país.

 

PROJEÇÕES PARA A FENASOJA 2024:

A Fenasoja 2024 comemorará o centenário do cultivo comercial da soja no Brasil. A edição tem a projeção de gerar R$ 2 bilhões em negócios e receber 350 mil pessoas. Para isso a edição contará com 600 expositores. Uma das apostas, além de uma programação diária, é o ingresso popular de R$ 10,00. A maior feira multissetorial do Brasil além do agronegócio, realizada por cerca de 600 voluntários, destaca a agricultura familiar, a produção industrial, o comércio e os serviços.

A Fenasoja acontecerá de 17 a 26 de maio, no Parque de Exposições de Santa Rosa.

A Feira celebra os 100 anos do plantio da leguminosa que foi introduzida no Brasil pelo pastor norte-americano Albert Lehenbauer, que chegou dos Estados Unidos com algumas sementes de soja e distribuiu para famílias locais. Uma história que iniciou em 1924, em Santa Rosa, hoje Berço Nacional da Soja. Considerada uma das maiores commodities mundiais, a soja destaca o Brasil como maior produtor do grão no planeta.

Uma programação especial, marcada para o dia 20 de maio celebrará oficialmente o centenário da soja. Com a participação dos familiares do pastor Albert Lehenbauer, além de personalidades do agronegócio do Brasil e do Mundo.

O parque de exposições se transformou em um completo de obras, com intuito de melhor ainda mais a infraestrutura. A ExpoRural já tem 55 empresas confirmadas. A área foi duplicada de tamanho, chegando a 6 hectares e está passando por uma terraplanagem. Até a feira será instalada a pavimentação asfáltica, além da infraestrutura completa para irrigação.

Outro destaque será mais uma vez a presença e o elo internacional, garantindo mais de 12 mil visitantes estrangeiros em cada edição, o que deve se repetir.



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